Olhando para este programa, vejamos o que significa o tão propalado novo ciclo protagonizado pela Comissão Juncker.
Um plano de investimentos que consiste em atribuir garantias públicas a um gigantesco programa de parcerias público-privado. Infra-estruturas de interesse público que passam a funcionar numa lógica de rentabilização privada.
Condenar os jovens à precariedade e à emigração forçada. Ataques à segurança social. Mais liberalizações. Desregulação do comércio. Imigração selectiva.
É simbólico que se deixem cair dossiês que podiam ainda representar algum tipo de avanço social, mesmo que ténue, como o da directiva da maternidade. É flagrante o recuo nas questões ambientais.
A Comissão revela, sem rebuços, a sua verdadeira face – de comité de negócios do grande capital transnacional.
Este programa não é nada mais nada menos do que o caderno de encargos das confederações do grande patronato europeu.
Se é Juncker quem se senta na cadeira, são eles quem puxa os cordelinhos.
Nada disto é futuro. Tudo é passado. Um passado negro que será, mais tarde ou mais cedo, inapelavelmente derrotado.