A resposta para problemas estruturais que alguns países, como Portugal, enfrentam não passa pela adopção das chamadas “reformas estruturais” impostas pela União Europeia mas sim por uma política que aposte na produção nacional.
Só assim poderemos deixar de ser um País dependente dos excedentes das grandes potências, deficitário e eterno devedor, que subestima o mercado interno e com as exportações estão subordinadas aos interesses das grandes multinacionais.
Esse é o caminho para nos libertarmos dos baixos salários e reformas, do desemprego e da precariedade, da emigração dos mais novos, do agravamento da carestia de vida.
É o caminho para a valorização do interior e o pleno aproveitamento do seu enorme potencial, para o combate ao despovoamento e à desertificação económica que, associados ao escasso investimento público, impõem obstáculos às pequenas e médias empresas e dificultam a vida dos que lá moram.
A necessária substituição de importações por produção nacional terá também esta capacidade de fixar populações, em especial jovens, que poderão sonhar com um futuro no seu país, na sua terra.