Apesar da crise do capitalismo atingir duramente os trabalhadores e a generalidade da população e das medidas de austeridade serem orientadas para os que menos têm, os orçamentos comunitários não têm reflectido a necessidade de alterar o rumo das políticas que, na UE, são responsáveis por esta crise.
Este relatório não se refere às orientações para o orçamento geral da UE. No entanto, não pode ser desligado do contexto que vivemos.
Para além das considerações que fizemos durante o debate em plenário, preocupa-nos que o quadro que se pretende desenhar venha facilitar a precariedade laboral, agravando a situação de trabalhadores que após dezenas de anos de serviço se encontram ainda sem contrato de trabalho permanente, bem como a "transferência" de muitos trabalhadores para empresas de trabalho temporário, pelo que, não nos revemos em propostas de alteração que, defendendo poupanças no Parlamento, abram espaço à precariedade.