Intervenção de João Ferreira no Parlamento Europeu

Previsão de receitas e despesas do Parlamento Europeu par o exercício de 2014

Muito pode ser feito para conter as despesas do Parlamento Europeu.

Mas não aceitamos que os cortes orçamentais possam pôr em causa o respeito pelo princípio do multilinguismo nem que ponham em causa trabalhadores imprescindíveis ao funcionamento desta casa.

Existem já hoje claras insuficiências nos serviços de interpretação e de tradução, que põem em causa a possibilidade de os deputados trabalharem na sua língua, em variadas circunstâncias.

Não é preciso ir muito longe. A comissão dos orçamentos é exemplo do que digo, ao atribuir ao inglês um inaceitável estatuto de privilégio na apresentação de emendas a relatórios.

Mas há muitos mais exemplos, no funcionamento quotidiano das comissões e das delegações.

Apesar disso, em cima dos cortes do ano passado, querem agora cortar mais 56% nos serviços de tradução e 23% na interpretação.

Não é aceitável. Como não é aceitável que se venha a promover a precariedade laboral entre os trabalhadores dos serviços de interpretação e de tradução, pondo em causa os seus postos de trabalho e os seus direitos.

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