Assistimos a mais uma repetição das linhas fundamentais da política
neoliberal, que se aprofundou durante a Presidência Portuguesa. A
assinatura, amanhã, do tratado, em Lisboa, retomando o essencial da
dita constituição europeia, é, sem dúvida, a questão mais grave, que
representa um salto qualitativo nesta integração neoliberal, que cada
vez mais agrava os problemas e as desigualdades sociais.
Em vez de respostas para melhorar as condições de trabalho, apostam na
flexigurança para intensificar a precariedade do trabalho.
Em vez de respostas para melhorar as condições de vida e enfrentar a
pobreza que atinge mais de 80 milhões de pessoas, apresentam uma versão
ainda mais neoliberal da Estratégia de Lisboa para aprofundar
liberalizações e privatizações de serviços públicos.
Por isso, tal como aconteceu em 18 de Outubro, com a manifestação de
Lisboa, a luta dos trabalhadores e das populações também vai continuar
contra este tratado e estas políticas e pela exigência de referendos ao
tratado após debates devidamente pluralistas.