Intervenção de João Ferreira no Parlamento Europeu

Preparação da reunião do Conselho Europeu (1 e 2 de Março 2012)

A situação na Grécia - tema que quer a Comissão quer o Conselho aqui evitaram como puderam - demonstra o potencial destrutivo dos pactos de agressão da UE e do FMI.

Em Portugal, como na Grécia, a aplicação do pacto de agressão FMI-UE está a agravar todos os problemas nacionais.

Como na Grécia, em Portugal ensaia-se já o anúncio do "falhanço" do primeiro pacto de agressão, abrindo caminho para um segundo, mais à frente.

As tristes cenas a que assistimos no último ECOFIN deitam por terra as repetidas juras de que a Grécia é um caso único e representam o reconhecimento (em privado, mas inesperadamente projectado para a praça pública) do que já todos perceberam: nas condições impostas pela UE e pelo FMI, a dívida é impagável, servindo sim para justificar um intolerável e continuado processo de extorsão de recursos nacionais.

Neste contexto, confirma-se uma tese essencial: a de que a luta contra as políticas contidas nos pactos de agressão da UE e do FMI constitui a mais premente tarefa que se coloca aos trabalhadores e aos povos da Europa.

A luta, possivelmente prolongada, contra a sua aplicação, constitui um factor decisivo na determinação do rumo da vida colectiva dos povos da Europa, nos próximos anos, ou mesmo décadas.

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