As elevadas temperaturas registadas este verão na região do Oeste provocaram perdas significativas no sector agrícola e em particular nas produções de pêra rocha, maçã e uva que representam o sustentáculo social e económico daquele território a norte de Lisboa.

A produção de pêra rocha deste ano registou quebras entre 15 e 25 por cento e um prejuízo acima de 30 milhões de euros de acordo com Associação Nacional dos Produtores de Pera Rocha (ANP), impossibilitando o cumprimento de contratos firmados anteriormente. As quebras na produção de uva de mesa são superiores a 50% e nas uvas para vinho rondam os 40%, representando prejuízos acima dos nove milhões de euros segundo a Comissão Vitivinícola Regional de Lisboa.

Pela inexistência de histórico deste tipo de fenómenos meteorológicos na região e por se tratar de um custo adicional que estrangula as já reduzidas margens de lucro, muitos agricultores optam por não contratualizar seguros para este tipo de ocorrência, havendo de facto poucas culturas cobertas por seguros de colheita.

Pergunto à Comissão Europeia que apoios específicos existem no quadro dos diversos instrumentos do orçamento da UE para fazer face a esta urgência climática que está a afectar milhares de pequenos e médios agricultores.