Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP, Comício da CDU

«É preciso reforçar a CDU em Sintra. Não para ter ou mostrar, mas para intervir e propor»

«É preciso reforçar a CDU em Sintra. Não para ter ou mostrar, mas para intervir e propor»

Estimados amigos e camaradas:

Uma forte saudação a todos os presentes, aos trabalhadores e povo do concelho de Sintra, aos nossos amigos e companheiros de Coligação, aos muitos homens e mulheres sem filiação partidária que participam neste grande projecto de progresso e desenvolvimento que é a CDU!

Uma saudação muito especial a todos os candidatos da nossa Coligação nas pessoas do nosso candidato à Presidência da Câmara Municipal, Pedro Ventura e da cabeça de lista à Assembleia Municipal, Ana Maria Alves.

Entrámos na derradeira fase da importante batalha eleitoral para as autarquias. No próximo Domingo é o dia da decisão em cada concelho, em cada freguesia do nosso País.

Por todo o lado a CDU tem feito uma boa e vigorosa campanha recolhendo um crescendo de apoio e simpatia que reforça a nossa confiança de que a CDU está nesta batalha eleitoral para crescer e avançar!

Para crescer e avançar também aqui, em Sintra!

Por onde andamos respira-se confiança.

Confiança das pessoas na CDU, no trabalho dos nossos eleitos. Confiança que vamos avançar, porque o avanço da CDU é caminho em frente nos interesses das populações!

O que esta campanha tem mostrado, por onde passamos, é o apoio de muitas pessoas sem partido, mas também de outros cidadãos que em outras eleições têm outras opções, que dizem que nestas eleições para as autarquias votam CDU, porque reconhecem o nosso trabalho e a competência dos nossos eleitos e candidatos e o valor do nosso diferenciador Projecto!

Mais votos e mais mandatos em Sintra, eis o que verdadeiramente conta para dar outro rumo à solução dos muitos problemas que as populações deste concelho enfrentam.

Para fazer a diferença, para puxar por Sintra!

Para puxar por Sintra e fazer a diferença na superação e solução dos problemas de Sintra e do seu concelho que Pedro Ventura aqui mostrou com a clareza de quem bem os conhece.

Para puxar por Sintra e fazer a diferença na acção e intervenção que é necessária, com o apoio e a luta das populações, na exigência das obras e projectos que tardam da responsabilidade do governo para garantir o direito à mobilidade que se nega às populações que esperam e desesperam por outras soluções para rede rodo e ferroviária e os transportes públicos.

Esperam e desesperam por mais composições e melhores composições, para pôr fim à sobrelotação dos comboios, a supressão de circulações, aos atrasos na Linha de Sintra. Esperam e desesperam pela reformulação e modernização das Estações degradadas.

Toda uma situação que continua a marcar de forma incompreensível a vida de milhares de trabalhadores. O mesmo se passa com os autocarros.

Mobilidade que exige que sejam abolidas as portagens na A16 e na CREL para que se constituam como verdadeiras alternativas a um IC 19 congestionado.

Deu-se um passo importante com a nossa intervenção e a luta das populações com a conquista da redução do preço do Passe e do seu alargamento a todos os operadores, enfrentando durante mais de 20 anos a oposição do PS, do PSD.

Mas a batalha pelo direito à mobilidade como se vê está longe de estar terminada!

Mas também mais votos e mais mandatos para puxar mais por Sintra, na solução dos problemas de saúde.

Há muito que as populações se debatem com a falta de médicos e enfermeiros de família. Faltas que se refletem no funcionamento dos serviços de saúde e na rede hospitalar. Há mais de vinte anos que a CDU se bate pela construção de um novo hospital em Sintra com 350 camas e dotado com as valências necessárias para a correcta assistência à população.

Uma solução inadiável face ao esgotamento do Hospital Fernando da Fonseca. Não só se atrasaram na resposta, como agora querem atamancar o problema com uma pequena unidade de 60 camas. Tudo em pequenino quando se trata do interesse das populações mesmo quando apregoam que há mundos e fundos.

Todas as forças políticas, do PS ao PSD, do BE ao CDS e ao PAN, se vergaram ao Governo ao assumirem a despesa de 50 milhões de euros para a construção de um mini- hospital, que não serve a realidade do Concelho.

Entretanto, crescem aqui as unidades privadas de saúde que não são alternativa no acesso e no direito à saúde das populações.

Sim, é preciso dar mais força à CDU para que Sintra veja construída a unidade hospitalar que a situação exige!

Temos candidatos com experiência, capacidade de realização e provas dadas na defesa dos interesses das populações.

E temos um projecto que nos distingue!

«Trabalho, Honestidade e Competência», esta expressão associada à CDU traduz o percurso de intervenção distintiva que é justamente reconhecido à acção dos seus eleitos.

Uma presença distintiva a começar pela dimensão democrática e participada da gestão, envolvendo as populações.

Distintiva pela posição intransigente de defesa dos serviços públicos e do acesso à saúde, à educação, à cultura, à habitação e à mobilidade.

Pela atenção que dá aos problemas sociais e pelo particular cuidado dedicado aos problemas das crianças, aos jovens, aos idosos, aos mais pobres e desfavorecidos.

Somos uma força que está ao lado de gente que vive ou trabalha nesta terra, que não aceita distinguir os seres humanos em função da sua nacionalidade, cor da pele ou religião, antes exige e toma partido na luta para garantir condições de trabalho e de vida dignas para todos.

Sintra, precisa desta força de intervenção e luta. Desta força que não desiste de lutar por assegurar melhores condições de vida para todos!

Caros amigos, camaradas:

Num período onde pesam agravados problemas económicos e sociais, como o desemprego e as insolvências de micro e pequenas empresas que marcam a vida deste concelho, mais importante e decisiva é intervenção do PCP e da CDU na vida política nacional.

Tem sido a sua intervenção e acção, juntamente com a luta dos trabalhadores e das populações que tem permitido nestes tempos difíceis para o nosso povo, conter e minimizar uma degradação maior das condições de vida.

Os aumentos de pensões, o pagamento por inteiro dos salários dos trabalhadores em Lay-off, os apoios aos trabalhadores independentes sem protecção social, a gratuitidade das creches para um número significativo de crianças, foram medidas que resultaram da intervenção do PCP!

O PCP tem apresentado soluções que, a serem adoptadas, responderiam à dimensão de muitos problemas e injustiças que persistem.

O PS teve toda a oportunidade para encetar uma política alternativa. Não o fez porque são outros os seus compromissos.

O País precisa de avançar!

Precisa de uma política para valorizar a produção nacional e o emprego, colocar o desenvolvimento científico e tecnológico ao serviço da qualidade de vida.

Precisa de outra política para responder a outros problemas que marcam e pesam negativamente na vida dos trabalhadores e do povo.

Desde logo para assegurar respostas emergentes como a do aumento geral dos salários para todos os trabalhadores, do salário mínimo para 850 euros, mas também do salário médio.

Para garantir a inadiável valorização das pensões e reformas de todos quantos descontaram, incluindo acima dos 658,20 euros.

Para creches gratuitas para todas as crianças.

Para concretizar outra política fiscal mais justa.

Precisa de uma política que reduza a tributação sobre os trabalhadores e o povo e tribute fortemente o grande património e os lucros mais elevados.
Tem de se progredir a sério no desagravamento fiscal dos que têm rendimentos mais baixos e intermédios.

É preciso avançar para os 10 escalões no IRS, fixando taxas e intervalos de rendimento que aprofundem a progressividade do imposto.

Mas a intenção anunciada pelo governo quanto aos escalões tem já uma limitação: se for tomada de forma isolada deixará sem qualquer benefício fiscal os trabalhadores e pensionistas que recebam 750 euros, 800 euros, 900 e até 1000 euros de rendimento bruto!

Ou seja, num país de baixos salários e pensões, a maioria da população não vê um cêntimo de alívio se apenas esta medida for considerada!

São por isso necessárias outras medidas que alarguem o alívio fiscal aos que mais precisam. Medidas como o aumento da dedução específica, que o PCP tem proposto e o PS sucessivamente recusado, obrigando os contribuintes com rendimentos mais baixos e intermédios a perderem rendimento há 11 anos. Ou medidas como a do aumento do mínimo de existência, para que este acompanhe a evolução do salário mínimo nacional.

Mais justiça fiscal implica também o desagravamento dos impostos indirectos, como o IVA da electricidade de 23 % para 6%.

Mais justiça fiscal para que o País disponha dos recursos para responder às necessidades da população. Por isso se impõe tributar com firmeza elevados lucros e rendimentos e a especulação financeira.

É preciso avançar com o englobamento obrigatório dos rendimentos acima dos 100 mil euros, impedindo que quem vive do seu salário ou reforma seja prejudicado face a rendimentos de capital do mesmo montante.
Estes são combates, entre outros, em que estamos empenhados e essa é uma razão acrescida para apoiar a CDU.

Sim, é para dar força à luta por tudo isto que mais autarquias, mais eleitos, mais votos na CDU são um contributo para poder dar novos passos com novas soluções para dar resposta aos problemas do País, dos trabalhadores e do povo.

Caros amigos e camaradas:

Vamos com convicção mobilizar vontades, levando a todo o lado a nossa mensagem, a nossa palavra, as nossas propostas a todas as pessoas para que seja possível uma CDU mais forte!
Que nenhum voto falte!
Que nenhum voto se perca!
Que nenhum voto se engane!
Até Domingo, vamos continuar a trabalhar para garantir que ninguém falte com o seu voto na CDU!