Jerónimo de Sousa esteve hoje no concelho de Avis a participar em três iniciativas - um encontro com a população na zona histórica de Avis e um almoço e um encontro com jovens no Alcórrego, verdadeira Terra Vermelha (quer em peso de militantes do Partido quer nos resultados eleitorais).

No almoço, no qual participaram mais de duzentas pessoas que lotaram por completo o salão da Junta de Freguesia, o Secretário-geral do PCP lembrou que sem produção de riqueza não há desenvolvimento. «É esta - e não o défice das contas públicas - a questão central com que o País se defronta.»
Antes de a Reforma Agrária ser destruída, lembrou, Avis tinha uma agricultura desenvolvida, produzia e não faltava o trabalho. Hoje é o oposto: terras ao abandono; desemprego; desertificação. Segundo estatísticas recentemente tornadas públicas, em 2010 Portugal produzirá menos um quinto do trigo do que em 2009; a produção de cereais de inverno caiu 63 por cento nos últimos 20 anos. Na opinião do Secretário-geral do PCP, esta situação deve-se à política de direita protagonizada por PS, PSD e CDS-PP e também às políticas comunitárias, nomeadamente da Política Agrícola Comum, que «encheu os bolsos aos agrários para não produzirem».
«A terra está cá e os homens para a trabalhar também», recordou Jerónimo de Sousa, acrescentando que o Alentejo «precisa de uma nova Reforma Agrária que leve ao progresso e ao desenvolvimento». Em nome do emprego e da produção nacional, fundamental para garantir a soberania nacional.