Intervenção de Inês Zuber no Parlamento Europeu

A política externa da UE relativa aos BRICS e outras potências emergentes: objectivos e estratégias

No processo de rearrumação de forças em curso no plano mundial, a maioria do PE defende uma convergência com os países BRICS, separadamente, temendo a sua unidade e o que ela poderá significar para o enfraquecimento da influência e do domínio da tríade capitalista (EUA, Japão e UE) nas instituições do capitalismo internacional.

Querem conter o seu crescimento e a diversificação da actividade económica, que coloca em causa a divisão internacional do trabalho e o papel que lhe queriam acometer, o papel de produtores de produtos de baixo-valor acrescentado. Já lá vai o tempo em que estes países eram sobretudo exportadores de matérias-primas e produtos agrícolas, hoje tornam-se progressivamente grandes potências mundiais, rivalizando com a tríade. E, alguns deles, fazem mesmo um percurso inverso ao da UE no plano do combate à fome e à pobreza, que o rumo e as políticas erradas da UE e dos Estados-Membros farão aumentar entre nós.

Pela nossa parte defendemos o estabelecimento de relações com todos os países, recusando a sua catalogação e independentemente das diferenças de concepções políticas, económicas, sociais e culturais, assegurando o interesse mútuo.

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