Desde sempre defendemos uma política espacial assente no aprofundamento da cooperação entre países, europeus e não só.

Com total clareza, sempre afirmámos que esta política espacial se deve centrar exclusivamente em fins pacíficos e excluir terminantemente qualquer utilização do espaço para fins militares.

A crítica à militarização do espaço e a renúncia a qualquer corrida aos armamentos no espaço foi uma posição que a maioria deste Parlamento nunca assumiu. Pelo contrário, essa militarização é explicitamente assumida e defendida - como hoje aqui acontece - ao mesmo tempo que nos vêm falar no desenvolvimento do mercado espacial.

É sintomático da forma como a União Europeia olha para o espaço. Sintomático e perigoso.

A infindável aventura da humanidade pela descoberta desse grande livro continuamente aberto, de que nos falava Galileu, não pode servir para prolongar na Terra a ordem iníqua, agressiva e opressora que alguns vêm impondo. Pelo contrário, ela deve ajudar-nos a resolver problemas. Não a agravar problemas.

Uma aventura para libertar e não para oprimir.