Nota do Gabinete de Imprensa do PCP

Políticas do PS e PSD incapazes de combater o desemprego

Políticas do PS e PSD incapazes de combater o desemprego

Os números divulgados pelo INE sobre a situação do emprego em Portugal no 2º trimestre de 2010 vêm confirmar, uma vez mais, que a política desenvolvida pelo governo PS com o apoio do PSD é não só incapaz de combater o desemprego como é, em si mesma, um factor de liquidação de postos de trabalho.

Destruição do aparelho produtivo nacional, cortes no investimento público, favorecimento dos grandes grupos económicos e do capital financeiro, abdicação dos interesses nacionais face às imposições da UE, ataque aos direitos e conquistas sociais dos trabalhadores e da população eis as razões que estão na origem de uma política de desastre nacional e que, segundo os dados de hoje, lançou para o desemprego mais de 82 mil trabalhadores em 2010 do que no trimestre homólogo, mantendo a taxa de desemprego em sentido restrito acima dos 10,6% (589 mil), sendo que, em termos reais (acrescentando o chamado “subemprego visível” e os “inactivos disponíveis”) esse valor é de 12,9%, ou seja, 730 mil desempregados.

Este é o resultado de uma política laboral que, ao contrário das ilusões que o governo procura semear, está: a destruir emprego como se pode comprovar pela liquidação de 17 700 postos de trabalho em relação ao trimestre anterior; a fazer aumentar o número de trabalhadores em situação precária - 32,1 % dos trabalhadores por conta de outrem (mais 1,7% que em 2009); a sacrificar sobretudo os jovens com o desemprego juvenil a situar-se acima dos 20%.

O PCP reafirma que não há combate ao problema do desemprego mantendo a mesma política. As medidas em curso aprovadas no âmbito do PEC, por PS e PSD, a não serem interrompidas, serão elas próprias um factor de agravamento da já difícil situação económica e social em que o país se encontra.

O efectivo combate ao problema estrutural do nosso país que constitui o desemprego reclama uma ruptura com a actual política que garanta a defesa da produção e dos interesses nacionais, o aumento dos salários e pensões, o reforço do investimento e dos serviços públicos, o combate à especulação financeira e uma justa tributação fiscal.

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