Lamentavelmente, não passou nenhuma das nossas alterações que procuravam retirar do relatório os seus aspectos mais negativos. Por isso, votámos contra na votação final da Resolução do Parlamento Europeu.
Embora, como referi na discussão em plenário, haja aspectos positivos no relatório, são muitas as posições contraditórias. Se, por um lado, afirma defender a indústria e as PME, por outro lado, contém propostas que insistem na liberalização do comércio internacional, na livre concorrência e no aprofundamento do mercado interno, nas parcerias público-privadas e até nas sinergias entre o investimento civil e o investimento militar.
Queremos indústrias eficientes em termos de recursos utilizados, que sejam menos dependentes do carbono, que valorizem o emprego com direitos, que garantam a igualdade dos direitos das mulheres no acesso ao trabalho, na promoção profissional, nos salários e na participação nos órgãos de direcção e gestão.
Defendemos outras políticas, designadamente em termos de política industrial, de comércio externo, de política financeira, de investigação, ciência e inovação, que apoie as PME, e que seja acompanhada de uma aposta na formação e qualificação do emprego e no respeito pela dignidade de quem trabalha.