Depois do atum-rabilho ter atingido um estado crítico, o plano plurianual de recuperação da espécie, adoptado pela Comissão Internacional para a Conservação dos Tunídeos do Atlântico (ICCAT) em 2006, permitiu uma evolução positiva das respectivas unidades populacionais. A biomassa desta espécie tem vindo a apresentar uma tendência positiva desde 2008. Em 2014, a ICCAT decidiu aumentar o TAC em 20% para os três anos subsequentes (de 2015 a 2017). Defendemos uma gestão dos recursos haliêuticos assente no conhecimento científico. Razão pela qual, acompanhamos, em geral, as posições da ICCAT plasmadas no plano plurianual de recuperação da espécie. Acompanhamos igualmente a crítica a um sistema de quotas de pesca que penaliza a pequena pesca, mais sustentável, em benefício dos grandes armadores das principais potências pesqueiras europeias. Portugal não tem actualmente pesca extractiva de atum-rabilho. Nos Açores, apenas capturas acessórias na pesca de outros atuns são autorizadas. A quota portuguesa anual de atum-rabilho, de 332 Tons para 2016, é quase totalmente esgotada pelas armações existentes no Algarve. Justificava-se uma alteração desta situação, tendo em conta o contexto mais favorável no plano da conservação espécie, aumentando a quota nacional e reconhecendo aos pescadores açorianos, da arte de salto e vara, o direito de explorarem este recurso, agora mais abundante nas águas do arquipélago.