Não há palavras para exprimir o horror e o sofrimento que o sionismo israelita e o imperialismo norte-americano estão a infligir ao povo palestiniano na Faixa de Gaza e também nos territórios ocupados da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental, com a criminosa cumplicidade da União Europeia. Dia-após-dia, os grandes meios de comunicação social mostram imagens de uma violência e crueldade sem limites e uma contabilidade sinistra de assassínio deliberado das populações, incluindo a infame imposição da fome que está a atingir particularmente bebés e outras crianças.
Perante tal situação o PCP ergue, uma vez mais, o seu mais veemente protesto e indignação em face da subserviência do Governo português, em flagrante confronto com a letra e o espírito da Constituição da República Portuguesa, perante as políticas e os ditames dos EUA, da UE e da NATO – os grandes responsáveis pela impunidade dos crimes de Israel e da sua política terrorista.
Condicionando a sua posição às decisões das grandes potências imperialistas da UE, o Governo não só se recusa vergonhosamente a condenar o genocídio do povo palestiniano, como continua a recusar o reconhecimento do Estado da Palestina e, em lugar de assumir o imperioso dever político e humanitário de exigir a suspensão do acordo de associação da UE com Israel, chega ao ponto de impedir uma referência num comunicado da CPLP ao dramático problema da fome em Gaza.
A extrema gravidade dos crimes de Israel e o seu sistemático desrespeito pelo direito internacional exigem a mais firme e frontal condenação e o inenarrável sofrimento do povo palestiniano e a sua legítima luta por um Estado independente e soberano reclamam a intensificação da solidariedade internacional.
Valorizando as importantes acções de solidariedade que têm tido lugar em Portugal, o PCP persistirá no seu combate para que o Estado português assuma as suas responsabilidades constitucionais, e apela ao povo português, particularmente aos trabalhadores e à juventude, para que façam ouvir ainda mais alto a sua voz solidária para com o povo palestiniano e a sua justa causa nacional.