A iniciativa do Céu Único Europeu (SES), lançada em 1999, visa melhorar o desempenho da gestão do tráfego aéreo (ATM) e dos serviços de navegação aérea (ANS), através de uma melhor integração do espaço aéreo europeu.
Desde a primeira hora que existe o receio de que este projecto esteja demasiado orientado para a diminuição de custos e com uma visão orientada para o mercado, visando a concessão a privados de um conjunto de actividades até agora da responsabilidades dos Estados Nacionais.
Como fundamento destes receios, a Indra, empresa multinacional de Consultoria e Tecnologia, passou a fazer parte como sócia de pleno direito da SESAR Joint Undertaking (SJU), sociedade público-privada fundada pela Comissão Europeia e Eurocontrol. Este consórcio impulsionará o programa Single European Sky ATM Research (SESAR) de pesquisa e desenvolvimento em tecnologias sobre a gestão do tráfego aéreo na UE. O programa conta com um orçamento global de 1.900 milhões de euros até 2016.
Pergunto à Comissão Europeia quais os critérios que estiveram na base da criação deste parceria público privada em detrimento da criação de um consórcio 100% público que envolvesse os Estados Nacionais e todo o conhecimento acumulado pelos organismos respectivos de control aéreo.