A vertente imperialista da UE e as aspirações a ter um papel dominador no contexto político mundial, estão bem patentes neste relatório. De forma absolutamente abjecta, procura-se uma colagem dos princípios e valores da UE aos das Nações Unidas. Proclama-se a prossecução da paz, omitindo o cariz agressor e belicista que a UE e muitos dos seus Estados-Membros têm assumido, promovendo a guerra em países como o Iraque, a Líbia, a Síria ou o Afeganistão. Proclama-se o contributo para a erradicação da pobreza e o fomento da democracia, quando sabemos bem que os apoios são muitas vezes consagrados num quadro de imperativo alinhamento, ou seja imposição, com as estratégias políticas e valores “democráticos” da UE.
Propõe, sem qualquer pudor, a maior preponderância da UE enquanto organismo no seio das Nações Unidas, a sua influência e papel na governação global no interior do sistema da ONU, nomeadamente, na Assembleia Geral e a tomar lugar no Conselho de Segurança, que rejeitamos. O documento configura, no essencial, uma estratégia para tomar de assalto as Nações Unidas, e para que esta organização passe a ser um instrumento da política externa da UE.
Votámos contra.