Intervenção de

Pacote social - Intervenção de Ilda Figueiredo no PE

Este chamado pacote social limita-se a semear ilusões face à gravidade das desigualdades sociais, dos cerca de 80 milhões de pessoas a viver em situação de pobreza, incluindo cada vez mais milhões de trabalhadores com trabalho precário e mal pago e milhões de desempregados, enquanto prosseguem os lucros escandalosos de grupos económicos e financeiros e as deslocalizações de multinacionais.

As verdadeiras causas desta situação foram escamoteadas, ou seja, a persistência nas políticas neoliberais que a proposta de directiva sobre os serviços de saúde quer intensificar, a flexibilidade laboral, que as propostas sobre o tempo de trabalho querem agravar, o ataque aos serviços públicos, aos sectores produtivos e estratégicos para o desenvolvimento.

Por isso, insistimos num verdadeiro pacote social que rejeite a nova proposta de directiva do tempo de trabalho, que promova a diminuição da jornada de trabalho sem perda de salários, que revogue o Pacto de Estabilidade e a liberal Estratégia de Lisboa, que altere os critérios e a falsa autonomia do BCE e crie, em alternativa, um Pacto de Emprego e Progresso Social que promova o investimento e o apoio às micro e pequenas empresas, apoie serviços públicos de qualidade e respeite a dignidade de quem trabalha.

  • Intervenções
  • Parlamento Europeu