O pacote de emprego,crescimento e investimento da Comissão

O já designado plano Juncker é bem a evidência da profunda crise em que a UE continua mergulhada e da falta de soluções do sistema para lhe pôr fim.
Esta terá sido a “condição” que os socialistas europeus impuseram a Juncker para apoiarem a sua eleição. Vejamos: um programa que reúne 16 mil milhões de euros do orçamento da UE (anteriormente afectados a outros programas) e 5 mil milhões de capital proveniente do Banco Europeu de Investimentos. Verba que se procura “multiplicar” por 15, qual milagre da multiplicação dos pães, graças a investimento privado. Recorde-se que já em 2012 Durão Barroso havia anunciado milagre parecido, embora mais modesto: 10 mil milhões de euros de fundos do BEI transformar-se-iam, através de “instrumentos financeiros inovadores”, em 60 mil milhões para empréstimos que garantiriam 100 mil milhões de investimentos. Não se concederam mais de 15 mil milhões de empréstimos. Em ambos os casos, a pompa e a circunstância acompanharam o anúncio de medidas que, jurava Barroso como agora jura Juncker, significam a entrada num novo ciclo, marcado pelo “crescimento e o emprego”.
Pura propaganda. Do que se trata é de mais uma injecção de recursos públicos no sistema financeiro, para benefício certo de algumas multinacionais e incerto de países como Portugal.

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