Declaração de voto de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Orientações para as políticas de emprego dos Estados-Membros

Discordamos que a Comissão Europeia mantenha relativamente a 2011 as mesmas orientações para as políticas de emprego adoptadas em 2010 e, por isso, mantemos a mesma posição critica que então adoptámos. Aliás, é clara a insuficiência das referidas orientações quando olhamos para os números que referem a existência de cerca de 25 milhões de desempregados e de 30 milhões de trabalhadores em situação precária e mal pagos.

Por outro lado, é inaceitável que o Parlamento Europeu apoie a ligação estreita entre estas orientações e as medidas económicas neoliberais que a Comissão continua a aprofundar, designadamente as contidas na Estratégia 2020, ou também com os seis diplomas legislativos contidos no pacote do chamado semestre europeu. Ora, sabe-se que as propostas da Comissão Europeia sobre a dita "governança económica" não só constituem um atentado à soberania dos Estados-Membros como vão agravar a situação social por continuarem a dar prioridade aos critérios monetários e não ao bem-estar e progresso social.

Por tudo isto, votámos contra este relatório.

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