Intervenção de Bruno Martins, Membro da Direcção da Organização Regional do Litoral Alentejano do PCP , XIX Congresso do PCP

Organização Regional do Litoral Alentejano

Organização Regional do Litoral Alentejano

Para todos os delegados e convidados ao XIX Congresso, uma saudação dos comunistas do Litoral Alentejano.

O Litoral Alentejano é uma região estratégica, com enormes recursos e com condições de contribuir para a economia da região Alentejo e do País. Mas é também, em consequência das políticas de direita dos sucessivos governos, uma região desertificada e despovoada, com uma população envelhecida e um elevado número de desempregados.

Uma região onde os serviços públicos têm sido destruídos, com encerramento de escolas, de postos de saúde, de segurança, dos CTTs, com a extinção do comboio regional na linha do sul.

Uma região onde estão por concretizar investimentos estruturantes para o seu desenvolvimento.

Uma região onde está instalado o maior complexo energético e petroquímico do país, o maior porto de águas profundas e um importante porto de pesca, um complexo com empresas que têm anualmente milhões e milhões de lucros, que produzem muita riqueza, mas apesar de tudo isto há baixos salários, há precariedade, há mais desemprego e há pressão e chantagem sobre os trabalhadores, em muitas das empresas do Complexo e no Porto de Sines.

Uma região onde há resistência e luta dos trabalhadores e das populações, que daqui saudamos:

- a luta dos trabalhadores da Petrogal, que no último mês e meio fizeram 8 dias de greve.

- a luta dos trabalhadores da EDP, da Euroresinas, da administração central e local, dos enfermeiros do Hospital do Litoral Alentejano que, com importantes adesões, contribuíram para o êxito da Greve Geral.

- a luta das populações contra o encerramento de extensões de saúde, de escolas, contra o fim do comboio regional, contra a extinção de freguesias que, a concretizar-se, deixaria as populações completamente abandonadas e sem o único apoio que têm - a Junta de Freguesia.

O movimento sindical unitário, as comissões de utentes e o Partido têm mobilizado os trabalhadores e as populações para a luta e assim vai continuar a fazer, porque a luta vai continuar em defesa dos seus direitos, interesses e aspirações, em defesa dos serviços públicos, do Poder Local Democrático, e por projectos fundamentais para a região.

Camaradas,

No plano da organização não avançámos o que seria necessário para reforçar o Partido na região.

Desde o ultimo congresso, recrutámos 121 militantes para o Partido, realizámos 14 Assembleias de Organização, centenas de iniciativas, concretizámos as várias campanhas nacionais de propaganda por toda a região, com especial atenção para as empresas do Complexo. Participámos nas várias campanhas eleitorais. Participámos na Festa do avante.

Concretizámos vendas especiais do «Avante!» com bons resultados que, em determinadas vendas, chegámos a triplicar as vendas habituais, demonstrando que existem potencialidades de aumento da venda do «Avante!».

Na preparação do Congresso realizámos 23 assembleias de discussão das Teses, para além de um plenário regional e um debate sobre o Programa do Partido, nos quais houve, na generalidade, acordo com as Teses e com as alterações ao Programa.

Consideramos o nosso trabalho positivo, mas não conseguimos avançar o que seria necessário no reforço da organização por local de trabalho, nas freguesias, no aumento das receitas para o Partido, apesar do esforço e da participação nos grandes eventos regionais, assegurando a presença política e a angariação de fundos para o Partido.

Reconhecemos dificuldades. Só com mais estruturação da organização, mais quadros a participar, mais militância, conseguiremos ultrapassá-las e responder às exigentes tarefas que temos pela frente. Só assim reforçaremos o Partido e ficaremos em melhores condições para lutar por uma política alternativa, para a região e para o País.

Viva o XIX Congresso!
Viva a JCP!
Viva o PCP!

  • XIX Congresso do PCP