As OGM não são uma opção, são um passo sem
retorno com consequências ambientais, económicas e para a saúde
humana e animal imprevisíveis. A questão da introdução
de OGM no meio ambiente representa uma forma de poluição adversa
para a biodiversidade e o equilíbrio dos ecossistemas naturais.

Aumenta assim a dependência económica do sector agrícola
face às grande multinacionais e a impossibilidade a prazo da existência
de um agricultura tradicional. Por outro lado, desconhecem-se os impactos para
a saúde humana e animal da introdução de OGM na cadeia
alimentar. Em todo este processo tem de imperar o princípio da precaução.

Daí a importância da manutenção da moratória
sobre novas autorizações no domínio das OGM. As pressões
das multinacionais fizeram-se ouvir na definição da visão
estratégica da Comissão para as ciências da vida e da indústria
biotecnológica. O relatório Trakatellis sobre rotulagem e rastreabilidade
de produtos com OGM, votado na Sessão Plenária do PE, de Julho,
introduz salvaguardas e pretende dar garantir o direito de informação
dos consumidores, o que justifica a oposição das multinacionais
do sector e dos EUA, mas é, também, o compromisso para se levantar
a moratória.