Esta resolução aborda temas recorrentes: a segurança alimentar no mundo, a fome e a subnutrição. Sabemos como, frequentemente, as pias intenções que aparentam justificar resoluções deste tipo mais não servem do que para escancarar mais portas ao avanço das multinacionais do agro-negócio. Não será todavia o caso desta resolução, que contém aspectos positivos que importa sublinhar, tanto mais que alguns são pouco usuais. Para tal contribuíram também as propostas de alteração que apresentámos, apesar de nem todas terem sido aceites. Propostas que se centraram sobre: - A crítica e condenação dos acordos de livre comércio, nomeadamente ao nível do seu impacto na nutrição e segurança alimentar no mundo e à sua contribuição para as desigualdades; - A defesa do controlo e da propriedade pública de sementes e a garantia de preços acessíveis a este e outros factores de produção; - A incompatibilidade entre a lógica privada da maximização do lucro, nomeadamente das grandes multinacionais do sector agroalimentar, e a luta contra a fome e pela segurança alimentar; - A condenação do apoio e da prática de políticas agrícolas de cariz exportador, favoráveis aos grandes agrários; - O repúdio da expropriação de terra por “investidores” estrangeiros nos países menos desenvolvidos. Valorizamos o facto de alguns destes pontos estarem incluídos na resolução.