No entanto, pese embora os resultados referidos, depois de recentemente ter concretizado o despedimento de cerca de 70 trabalhadores, a empresa está a avançar agora com novo despedimento que pode chegar aos 240 trabalhadores. O despedimento está a atingir inclusivamente trabalhadores com décadas de trabalho na empresa.
Na opinião do PCP, tal como o dissemos em pergunta escrita submetida em abril de 2024 sobre o despedimento de cerca de 70 trabalhadores na Gabor, a invocação de oscilações de mercados para esta opção não pode justificar a opção dos despedimentos. Falamos de uma empresa com resultados económicos globalmente muito positivos, que resultam do esforço e do sacrifício, em primeiro lugar, dos seus trabalhadores. Os trabalhadores não podem ser usados como peças descartáveis, que se despedem para salvaguardar lucros maiores. Falamos de pessoas com famílias e despesas para corresponder.
O Governo não se pode demitir das suas responsabilidades políticas e sociais e deve intervir para salvaguardar os direitos dos trabalhadores e o interesse do concelho de Barcelos e da região.
Nestes termos, ao abrigo da alínea d) do artigo 156.º da Constituição e da alínea d) do artigo 4.º do Regimento da Assembleia da República, pergunto ao Governo, através dos respetivos ministérios:
Quais as medidas que o Governo já tomou ou tem previstas para defender os direitos dos1.
trabalhadores vítimas de despedimentos na Gabor Portugal, Indústria de Calçado Lda e a defesa dos postos de trabalho?
Confirma o Governo que a empresa Gabor Portugal, Industria de Calçado Lda beneficia de apoios públicos no âmbito do PRR - Plano de Recuperação e Resiliência? Se sim, quais os valores? Que outros apoios públicos nacionais ou comunitários beneficia a empresa?