Lançada pela cimeira do G8 em 2012, esta dita aliança junta os países do G8, a União Africana e vários outros governos africanos, com o sector privado multinacional (representado por mais de 150 empresas, entre elas a Syngenta).
A “aliança” consiste em parcerias público-privadas que dizem ter como objectivo tirar mais de 50 mil milhões de pobreza e da fome até 2022.
Desde o início, esta aliança suscitou várias críticas e contestação, desde o processo de tomada de decisão, até à imposição de políticas agrícolas desadequadas que servem os interesses das multinacionais.
O relatório integra várias preocupações e críticas que partilhamos. Durante todo o processo nunca foram ouvidos os principais visados, ou seja as populações que passam fome, os pequenos agricultores, pescadores, povos indígenas, mulheres e outros grupos marginalizados. Compreende-se: no centro das estratégias não estão os seus interesses mas sim os dos grupos privados e dos países do G8. Isto fez com que em muitos dos quadros de cooperação não estejam sequer garantidos direitos básicos e humanos, sejam o direito a participação, o direito à alimentação e nutrição, direito à terra e a produzir, à proteção social e a rendimento, entre outros.
Na Comissão de Agricultura fizemos várias propostas que acabaram por ser acolhidas no relatório final.
Votámos favoravelmente.