Esta votação sobre a recomendação do Conselho relativamente à nomeação de Vitor Constâncio como Vice-Presidente do Banco Central Europeu não nos surpreende. As suas actuações enquanto Governador do Banco de Portugal sempre foram em consonância com as orientações liberais do BCE.
As políticas seguidas e impostas pelo BCE aos estados membro da União Europeia, profundamente lesivas do interesse e soberania nacional e atentatórias dos direitos dos trabalhadores e do povo português, são, na sua essência, as mesmas que Vitor Constâncio defendeu e defende enquanto Governador do Banco de Portugal. É contra essas políticas que iremos continuar a lutar independentemente de quem é membro da sua direcção.
Por isso, votámos contra este relatório, dado que nas respostas que ali são dadas, é a mesma linha do Banco Central Europeu que é reafirmada, com a defesa dos critérios irracionais do Pacto de Estabilidade, das orientações relativamente a políticas cambiais e outras orientações macro-económicas, desvalorizando sempre o papel da produção e do trabalho.