O PCP tomou a iniciativa subscrita pelo LIVRE e pelo Bloco de Esquerda, de requerer a apreciação parlamentar do decreto de lei que procede à primeira fase da privatização da TAP, diploma que foi publicado hoje.
Nós entendemos que é necessário travar e travar já esse processo, na medida em que a privatização da TAP, mesmo parcial, mas ela há de ser, na perspetiva do Governo e da direita, há de ser na totalidade do capital.
A privatização é profundamente lesiva para a empresa, profundamente lesiva para a economia nacional e mesmo para a soberania do país.
Portugal perde autonomia num instrumento fundamental, que é uma companhia que assegura não só as ligações para as regiões, mas também para inúmeros destinos no mundo que são vitais, por um lado para a nossa economia e, por outro lado, para as comunidades que servimos.
E mesmo do ponto de vista económico, é preciso salientar que a TAP, é senão o maior, um dos maiores exportadores da economia e representa todos os anos muitos milhões de euros para os próprios cofres do Estado, designadamente em termos de impostos, em termos de contribuições dos trabalhadores para a Segurança Social, que são pagos cá e, portanto, não são pagos por uma companhia estrangeira fora daqui.