Mensagem

Mensagem de Ano Novo de Paulo Raimundo

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Queria deixar a todos os que vivem e trabalham em Portugal mas também aos portugueses espalhados em todos os cantos do mundo, uma palavra de esperança e de confiança. 

Sabemos que os tempos são de incerteza, tempos de medo e justos receios. 

Há razões para isso, a cada dia que passa estamos mais pobres, a cada dia que passa somos confrontados com brutais aumentos dos preços de tudo e em particular dos bens de primeira necessidade, é o pão, o leite, o arroz, e por aí fora, mas é também a energia, os combustíveis, o gás. Sobe tudo como sobem as taxas de juro que estão a ser um drama para milhares de pessoas com o agravamento brutal das suas prestações do crédito à habitação, sobe tudo mas os salários, as reformas e as pensões não acompanham essa subida. 

São justos os receios que existem, a situação nacional não é boa, o quadro internacional é de grande incerteza. 

Mas é exactamente no meio desta situação que se revela a profunda desigualdade com que estamos confrontados. 

Ao mesmo tempo que mais de 2 milhões de pessoas enfrentam a pobreza, ao mesmo tempo que mais de 380 mil crianças se encontram em perigo de exclusão social e na pobreza, ao mesmo tempo que mais de 3 milhões de trabalhadores ganham menos de 1000 euros de salário base, há quem vá enchendo os seus cofres com lucros como há muito não se viam. 

Perto de 4 mil milhões de euros, é este o resultado dos lucros dos 13 principais grupos económicos nos primeiros 9 meses de 2022. 

É este o grau de desigualdade que existe, é esta a profunda injustiça na vida de todos os dias. 

E então como, perante esta situação, se pode vir falar de esperança e de confiança? Porque isto não pode e não vai continuar sempre assim. 

Façamos da injustiça, forças para lutar. 

Façamos dessa força, forças para construir um País e uma vida melhor, a vida a que temos direito.

Portugal não é um País pobre, tem é sido empobrecido. 

Há meios, há recursos, há vontades e há forças capazes de pôr este País e a vida de cada um a andar para a frente. 

Nós todos temos a capacidade de abrir este caminho: o caminho de aumentar os salários, as reformas; de garantir os direitos das crianças e dos seus pais; de pôr o País a produzir; do desenvolvimento sustentável com uma aposta nos transportes públicos; na defesa do ambiente; de garantir a todos acesso à habitação condigna; do respeito por quem trabalha; de garantia e investimento no Serviço Nacional de Saúde e na Escola Pública; de maior justiça fiscal e de recuperação de soberania. O caminho de Paz, desenvolvimento, o caminho de uma vida melhor. 

Este é o nosso caminho – a política patriótica e de esquerda – este é o caminho que responde aos interesses e necessidades da maioria dos trabalhadores e do nosso povo. 

Juntos vamos mesmo, mas vamos mesmo, trilhar este caminho 

Quando a maioria construir a solução, então as soluções responderão aos interesses da maioria. 

Com confiança, com determinação! 

Avançar é possível!