Intervenção de Carlos Prazeres, Membro da Célula dos CTT, XXI Congresso do PCP

Saudação da Célula dos CTT de Lisboa

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Camaradas,

O grande capital e as potências capitalistas da União Europeia estão a pôr em causa a soberania dos povos, a aumentar a exploração dos trabalhadores e a acentuar as diferenças entre os mais ricos e os mais pobres. É esta realidade que oprime o nosso país e tem como responsáveis, PS, PSD e CDS que submissos à União Europeia optaram por uma política vergonhosa de privatizações entregando empresas públicas estratégicas nas mãos do grande capital.

Foram PS/PSD/CDS que avançaram com a criminosa privatização dos CTT. Uma opção que abriu as portas para a destruição de um serviço público com 500 anos de história, de um serviço público fundamental para o povo, para a economia e para a coesão do território nacional.

Os CTT, enquanto empresa pública, prestavam um serviço público postal com um elevado índice de qualidade, com a garantia de segurança e a rapidez na sua execução por todo o território nacional, e ainda conseguiam entregar ao Estado muitos milhões do lucro produzido.

A gestão privada dos CTT delapidou todo o enorme património herdado do Estado, apostou na criação de mais um Banco, degradou a qualidade da prestação do serviço público postal, aumentou brutalmente os preços, encerrou centenas de estações de correios, reduziu o número de trabalhadores, degradou as condições de trabalho e as remunerações, provocou sobrecargas de trabalho. Tudo com o propósito de servir os interesses dos accionistas e dos grandes grupos económicos.

Para os trabalhadores, para os utentes, para o país, a privatização dos CTT foi um absoluto desastre, de tal forma que a necessidade de renacionalizar os CTT é uma questão extraordinariamente consensual na sociedade portuguesa. De tal forma consensual que o facto de o PS se recusar a concretizá-la é das questões que mais deixa em evidência os seus profundos compromissos com o grande capital.

Mas os trabalhadores nunca aceitaram e nunca aceitarão a privatização dos CTT e essa luta continua bem presente no topo do caderno reivindicativo dos CTT: já nos dias 30 de Novembro, 2 e 3 de Dezembro, os trabalhadores dos CTT estarão em greve pelo aumento do salário, pela contratação de trabalhadores com vínculo efectivo, pela defesa do serviço público e universal de correio e pela renacionalização dos CTT.

A LUTA CONTINUA!
VIVA A LUTA DOS TRABALHADORES!
VIVA O XXI CONGRESSO
VIVA O PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS!

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