Nota da Comissão Política do Comité Central do PCP

Sobre a presente campanha anticomunista

1. Está a viver-se actualmente um recrudescimento externo do anticomunismo. Não se trata apenas do tradicional anticomunismo da reacção fascista e seus aliados, cuja propaganda desde sempre pintou os comunistas como inimigos da pátria, da família e até do próprio homem. Trata-se de uma modalidade de anticomunismo em que aparecem envolvidos, coincidindo com a pior reacção, sectores que se afirmam liberais e democráticos, que deformam a política do PCP, caluniam sobre os seus objectivos, mentem acerca da sua actividade.

2. Quando dirigentes de certos partidos afirmam ter evitado a guerra civil, querendo significar implicitamente que o PCP a quis provocar, o que pretendem com esta monstruosa calúnia é apresentar o PCP à opinião pública e, em particular, às forças democráticas hesitantes, como inimigo das liberdades e da democracia.

Quando certos partidos afirmam que o PCP controla a TV e outros órgãos de informação ou que pretende instaurar uma nova censura, sabem perfeitamente que isto não contêm a mínima parcela de verdade, pois é patente que o controlo são eles que o tentam impôr com prejuízo directo de todas as forças progressistas. Esta calúnia tem em vista reforçar ainda mais esse mesmo controlo e a desinformação que lhe está associada e, em alguns casos, conduzir à liquidação do que resta de uma informação isenta e unitária.

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