Estamos solidários com a luta dos trabalhadores da Caterpillar e da Alstom, assim como com a luta de todos os trabalhadores que enfrentam o desemprego e a precariedade. Defendemos que sejam accionadas todas as medidas para que, o mais cedo possível, possam recuperar os seus empregos, em condições de segurança laboral, com salários dignos, com direitos e possibilidades de evolução profissional e pessoal. Por estas razões fundamentais, rejeitamos esta resolução. Com um indisfarçável cinismo, esta resolução começa por lamentar a situação dos trabalhadores destas empresas. Mas nem por um momento põe em causa as políticas que estão na base da dita desindustrialização, e que permitem às multinacionais deslocalizações sucessivas, sempre em busca de melhores condições de exploração dos trabalhadores, deixando atrás de si um rasto de miséria e destruição. Pelo contrário, a resolução cauciona e reafirma essas políticas. No fundo, o que se pretende – e a “política industrial europeia” serve esses objectivos – é ganhar escala no plano europeu, através de “reestruturações” que reforcem grupos económicos das principais potências (mesmo que aniquilando a indústria da periferia), para melhor competir no plano internacional. É promover a concentração monopolista à escala europeia, dando músculo ao grande capital europeu na concorrência inter-imperialista. Para estes senhores, os trabalhadores são carne para canhão. Deplorável.