Intervenção de Paulo Raimundo, Secretário-Geral, Comício CDU

Não podem continuar a ganhar os ricos com os votos dos pobres

Caros camaradas,
Estimados amigos,

Uma saudação a todos os presentes neste grandioso comício da CDU que realizamos no Seixal, nesta terra de Abril, que conhece bem o trabalho da CDU e sabe bem a diferença que a CDU faz na vida de todos os que cá vivem e trabalham. 

Uma grande saudação a todos os comunistas, ecologistas e outros democratas e patriotas que aqui estão e estão por todo o País, conversa a conversa, contacto a contacto, olhos nos olhos com o nosso povo, a construir o resultado eleitoral da CDU.

Estamos a poucas horas dessa oportunidade que os trabalhadores e o povo não podem desperdiçar para dar mais votos e mais Deputados à CDU, uma oportunidade para mudar de política.

Na próxima Segunda-Feira cá estaremos, como sempre estivemos, nessa luta que vai continuar, numa luta necessária e que terá mais força quanto mais força tiver a CDU.

É isto que nos move e nada mais, queremos ter mais votos, queremos ter mais Deputados, queremos ter mais força, porque essa é a força que os trabalhadores e o povo passam a ter.

No Domingo, o que queremos é que o povo tenha razões para festejar e isso só é possível dando mais força à força do povo, a CDU.

A CDU é a força do povo, a força de Abril e que quer cumprir Abril.

É na Revolução, na Constituição e nos valores de Abril que está o caminho a percorrer para que esse Abril seja realidade na vida de cada um.

Conhecemos as capacidades, os meios e os recursos do nosso País e sabemos bem a força que o nosso povo tem.  Essa força que levou por diante a Revolução.

Esse Abril que está vivo, e bem vivo, por muito que lhes doa.

Esse Abril, onde não há amarras por muito fortes que sejam, que travem a força do povo.

É esta força que temem, é esta força que atacam, mas é também esta força que é capaz de colocar o País no caminho de onde nunca deveria ter saído.

Nesta campanha eleitoral afirmámos esse Abril, este Abril que é referência; esse Abril que é inspiração e força transformadora, esse Abril que está nas nossas propostas, nas nossas soluções e na alternativa que propomos.

Abril é direito ao trabalho e ao trabalho com direitos. Abril é valorização das carreiras e profissões.

Abril é respeito por quem trabalha, é o aumento geral dos salários. Abril é a urgência de um “choque salarial” e garantir que, 50 anos depois da revolução, nenhum trabalhador ganha menos de 1000€ por mês, pelo seu trabalho.

Abril é uma mais justa distribuição da riqueza por quem cria essa riqueza- os trabalhadores. 

Abril é a redução do horário de trabalho, é as 35 horas, é pôr freio ao trabalho nocturno, por turnos e em laboração contínua . 

Abril é contratação colectiva e é a reposição do princípio do tratamento mais favorável ao trabalhador.

Abril não é o “salve-se quem puder”. Abril é Segurança Social e a garantia de que cada um, trabalhadores e patronato, pagam as suas contribuições. É saber que em todas as horas: na reforma, na doença, no desemprego, na maternidade e paternidade, com Abril ninguém é deixado à sua sorte.

Abril é igualdade, é a emancipação plena da mulher, o fim de todas as formas de violência sobre a mulher. Abril é acabar de uma vez por todas com a discriminação salarial das mulheres trabalhadoras, é igualdade entre homens e mulheres na Lei, no trabalho e na vida.
Abril é o 8 de Março. Abril é o Dia Internacional da Mulher.

Abril é envelhecer com dignidade, respeitar quem trabalhou uma vida inteira e aumentos de pensões e reformas.

Abril é o direito de todos terem uma casa para viver. 
Abril não aceita a especulação imobiliária, nem os lucros astronómicos da banca enquanto a maioria está cada vez mais apertada. Abril é pôr os lucros da banca a pagar o aumento das taxas de juro. 

Abril é esse extraordinário direito, a criação do Serviço Nacional de Saúde. Abril não pactua com o negócio da doença.

Abril é esse Serviço Nacional de Saúde que trata de todos e de tudo e que não pergunta a ninguém qual a doença, o número da apólice do seguro ou os valores que cada um tem na conta bancária.

Abril é a Escola Pública para todos; é a valorização dos professores, é a formação integral do indivíduo.

Abril não foi feito para que hoje 5% da população concentre nas suas mãos 42% de toda a riqueza criada por quem trabalha.

Abril recusa benefícios fiscais aos mais ricos, privilégios, promiscuidade, tráfico de influências, corrupção e fuga aos impostos.
Abril impõe que o poder económico esteja subordinado ao poder político e não ao contrário, como hoje acontece.

Abril é respeito e conservação da natureza. 

Abril é Cultura e é desporto.

Abril é o fim da emigração forçada, é viver melhor na nossa terra.

Abril é pôr a terra a produzir, é abrir caminho à soberania alimentar. Abril é produção nacional.

Abril acabou com a guerra, Abril trouxe a Paz.

Abril diz não à corrida aos armamentos e diz não à guerra.

Abril é a resolução política dos conflitos, é solidariedade e cooperação entre todos os povos do mundo.

Abril é assegurar o presente para construir o futuro, é garantir os direitos das crianças e dos pais. 

Abril é tempo para viver e trabalhar sem ter de ter dois e três empregos; É assegurar creche gratuita, habitação, salário digno e o fim da precariedade.

Abril não tolera a pobreza.

Abril não admite o discurso do ódio, o racismo, a xenofobia e qualquer tipo de discriminações.

Abril é pelos direitos iguais de todos os que cá vivem e trabalham.

Abril é soberania e o direito ao País decidir o seu caminho próprio.

Abril é o nosso projecto, Abril é o projecto do nosso povo, Abril é nosso caminho.

Aos que nos pedem a lista de encargos para a política futura, aqui está ela.

A nossa exigência, a exigência do povo, a exigência dos trabalhadores, a exigência dos democratas, é cumprir Abril.

O mínimo que propomos ao povo com o nosso programa é que se cumpra o máximo de Abril.

E para cumprir esse dia 25 de Abril é preciso travar os que se acham donos disto tudo, os que têm muito poder, os que manobram forças políticas ao seu serviço e que de deles dependem.

Mas, os trabalhadores e o povo, também têm quem dependa só de si e que apenas defende os seus interesses, a CDU.

Então se assim é, faz falta mais força à CDU, que é o mesmo que dizer, faz falta mais força aos trabalhadores e ao povo, faz falta mais força a Abril.

Ainda há muita gente indecisa, gente com quem  temos ainda de conversar.

Naturalmente que cada um terá as suas razões, mas arrisco dizer que está presente a justa desilusão com anos de promessas não cumpridas. Pois, para esses, aqui está a CDU, a força que só tem uma cara, que faz o que diz e diz o que faz.

Confiem na palavra, na seriedade e na coerência da CDU.

Haverá os que estando apertados e com a vida difícil, considerem que não é possível outro caminho. Para esses, aqui está a CDU com provas dadas, portadora da esperança e dessa vida melhor que depende da força da CDU.

Quando diziam que o passe intermodal era impossível, a força da CDU impôs o passe.

Quando diziam que não era possível creches gratuitas, foi a força da CDU que abriu esse caminho.

Quando diziam que não era possível os manuais escolares gratuitos, o aumento extraordinário das pensões, o fim do PEC e a redução do IVA da restauração, a força que o povo deu à CDU, obrigou o PS mesmo contra a sua vontade a vir a todas e cada uma destas conquistas. 

Dêem mais força à CDU, mais votos e mais Deputados, e com essa força vamos concretizar as medidas que servem aos trabalhadores, mesmo que muitos voltem a dizer que elas são impossíveis.

Haverá também quem esteja justamente preocupado com a fanfarronice da direita e com os seus mais extremados protagonistas.

É justa a preocupação, mas, para enfrentar essa preocupação, aqui está a força que mais garantias deu, dá e dará no combate à direita.

Aqui está a CDU, o porto seguro dos democratas, a força que mais garantias dá ao povo, a força que não deserta e estará em todas as circunstâncias na primeira linha de combate.

O voto na CDU é o único que conta sempre e é sempre decisivo à esquerda. Conta sempre e é determinante no combate à direita.

Cada voto na CDU é um voto contra a direita e a política de direita, cada Deputado da CDU é sempre um Deputado a mais ao serviço do povo e um Deputado a menos ao serviço dos grupos económicos.

Haverá ainda quem pondere protestar nas urnas, pois, também para eles, aqui está a CDU e só a CDU.

Que cada um se lembre de quem lá esteve, nas empresas, nas ruas, no Parlamento, nas escolas, nos centros de saúde, nos terminais de transportes, nas lutas pela habitação, cada um que pense quem esteve ao seu lado e se o fizer terá de reconhecer que foram os muitos que aqui estão hoje neste magnífico comício, que estiveram sempre que foi preciso protestar e apresentar soluções, é a e só a CDU a força do protesto e das respostas que servem às vidas de cada um.

E quando cada um chegar à cabine de voto, se reflectir sem preconceitos, se pensar por si, liberto da operação de condicionamento que a toda a hora nos entra olhos dentro. Se o fizerem, então o seu voto será para si, o seu voto será para dar força à sua vida, o seu voto será e só poderá ser na CDU.

Os que acham que isto vai lá continuando a deixar o País nas mãos dos banqueiros, dos especuladores, dos grupos económicos e das multinacionais, então têm muitos partidos por onde escolher.

Quem considera que o caminho são os salários, as reformas, o SNS, a habitação, o fim da precariedade, então, a única opção que tem na altura de fazer a cruz, é mesmo na CDU.

É esta a única bipolarização que aí está, ou uma política ao serviço de um punhado que se enche à nossa custa, ou uma política ao serviço da maioria.

Esta é a opção. E é por isso que dizemos que o voto na CDU é necessário.

Camaradas,

O ambiente é muito bom, estamos a crescer e a cada dia que passa mais gente reconhece a necessidade de uma CDU mais forte. É preciso que o bom ambiente se traduza agora em votos.

Vamos para o contacto e para o esclarecimento. O espaço para crescer e alargar é muito e há muita gente que ainda não conhece as nossas propostas. Nos próximos dias ainda são possíveis muitas conversas. 

Aos muitos que já votaram alguma vez na CDU, ou que estão a ponderar votar pela primeira vez na CDU, lhes dizemos: não é necessário estarem sempre de acordo connosco para darem força à CDU.

O que é preciso é que reconheçam que não há avanço sem a CDU, que não há política de esquerda sem mais CDU, que não há resposta aos problemas sem mais CDU.

Sabemos que aquilo que nos une- a vida melhor que todos procuramos e temos direito- é bem maior que aquilo que eventualmente nos separa.

Usem a força do voto para que a CDU seja a vossa força pelo aumento do salário, por uma melhor reforma, pelo direito à saúde, pelo acesso à Habitação. 

Todos os que se afirmam de esquerda têm de saber que não há política de esquerda em Portugal sem a CDU e muito menos contra a CDU.

Não podem continuar a ganhar os ricos com os votos dos pobres.

Como diz a nossa Juventude CDU, nestas eleições “vamos semear em Março para colher Abril”.

Confiança nos trabalhadores, confiança no nosso povo porque hoje, como sempre, é o povo quem mais ordena.

Viva a Juventude CDU!
Viva a CDU!
Viva o 25 de Abril!

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