Intervenção de João Pimenta Lopes no Parlamento Europeu

Não à guerra e militarismo. São precisas medidas concretas para os problemas das pessoas

Que poderemos esperar da próxima reunião do Conselho?
Respostas concretas aos imensos e crescentes problemas com que os povos se confrontam, ao aumento do custo de vida, resultado da guerra, das sanções, dos aproveitamentos e especulação?
Um caminho de valorização de salários?
A supressão de instrumentos que limitam o investimento de Estados-Membros para responder às necessidades das populações, reforçando serviços públicos, saúde, educação, habitação; para o desenvolvimento da produção nacional, os apoios a pequenos e médios produtores?
A reversão do aumento das taxas de juro e as pesadas consequências que daí resultam para milhões de famílias?
O apelo a um caminho negociado para a Paz, a que se somam cada vez mais vozes?
Um caminho que afirme o desarmamento geral, a ratificação do Tratado de Proibição de Armas Nucleares?
Bem pode pregar Frei Tomás, diz-se na minha terra.
Das vossas preces não se auguram soluções aos problemas que enfrentam as populações, os trabalhadores, os que acumulam a desesperança das crescentes dificuldades, a quem continuarão a faltar respostas.
A vossa trincheira não é a dos povos, dos trabalhadores, do desenvolvimento independente e soberano de Estados, é a do lucro dos que enchem a barriga com a miséria de muitos, dos interesses das grandes potências, é a das desigualdades e discriminações, da guerra, do militarismo, das armas.

Basta de hipocrisia! Cessar fogo imediato já!
12/03/2024

Sra. von der Leyen,
Mais de 5 meses volvidos, perante a bárbara agressão de Israel ao povo palestiniano;
mais de 100 mil vitimas em Gaza, entre mortos e feridos, a maioria crianças e mulheres;
a intensificação de um bloqueio que priva mais de 2 milhões, o acesso a alimentos, água, bens essenciais, impondo o sofrimento, a inanição, a morte, que poderá agravar-se;
após o atroz e injustificado massacre de Israel, que ficou conhecido como o massacre da farinha;
face às práticas genocidas em curso;
o que decidirão?
Continuarão com a vergonhosa ausência de referência a esta calamitosa situação, que legitimaram?
Onde andam agora as sanções? Basta de hipocrisia e cumplicidade!
Não bastam aumentos de apoios se Israel lhes impede o acesso!
É urgente parar a barbárie, é urgente um cessar-fogo imediato permanente e garantir o acesso incondicional à ajuda humanitária.

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