1. O PCP considera profundamente revoltante e inaceitável que a Bombardier, apesar de ter ganho o concurso para a construção de carruagens para o Metro do Porto, declare não desistir do encerramento da empresa em Portugal e afirme propor- se executar este novo contrato numa sua filial noutro país europeu. Trata-se com efeito de uma atitude não apenas de chocante insensibilidade e desprezo pelo presente e futuro dos trabalhadores da ex-Sorefame mas também de uma ofensa e provocação ao próprio Estado português que justifica uma profunda indignação e revolta da opinião pública nacional e que deveria exigir uma resposta firme do governo português. Ao mesmo tempo que apela ao prosseguimento e desenvolvimento de uma vasta e combativa solidariedade para com a luta dos trabalhadores da Bombardier, o PCP salienta que, a cada dia que passa e a cada novo dado, mais se justifica que o Governo saia da passividade e resignação que o tem caracterizado e assuma uma decisão de intervenção do Estado naquela empresa como a salvaguarda dos postos de trabalho e os interesses da produção nacional imperativamente exigem.