Mudanças climáticas - Declaração escrita de Ilda Figueiredo no PE

Como é conhecido, a Comissão Europeia propôs, recentemente, um pacote
de medidas sobre energia e algumas metas em matéria de emissões de
gases com efeito de estufa e de energias renováveis, afirmando ser seu
propósito lutar contra as alterações climáticas e impulsionar a
segurança energética e a competitividade da União Europeia.
Agora, vieram aqui reafirmar esses objectivos e as metas assinaladas,
destacando-se a insistência num acordo internacional sobre o quadro
após 2012, defendendo que se atinja uma redução de 30% nas emissões dos
países desenvolvidos, o que desde já implica que a União Europeia se
comprometa a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa nessa
percentagem, com medidas concretas, em especial através de medidas no
domínio da energia.
No entanto, é claro que se mantém a possibilidade de comercialização
das emissões, o que afecta em especial os países de economias mais
frágeis, que não têm dinheiro para a compra desses direitos de emissão.

Sendo certo que há propostas positivas no âmbito das reduções de
emissão e nas energias renováveis, há um outro conjunto de propostas
que serão de difícil concretização, pelas exigências que se colocam aos
diferentes países, conhecendo-se a oposição, designadamente dos EUA.
Mas, sobretudo, é preciso que tudo isto não seja aproveitado para mais
liberalizações e novas concentrações na área da energia e domínio dos
países mais poderosos.

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