A maioria do PE apoia a chamada modernização das ajudas de Estado, mostrando o seu desacordo relativamente ao método de decisão, já que o PE será apenas consultado quando exigia a co-decisão. Preocupa-os eventuais distorções na concorrência dentro de um mercado interno da UE que não só querem manter intocável como aprofundá-lo ainda mais, o que necessariamente se traduzirá em mais destruição da capacidade produtiva em países de economias frágeis, como é o caso de Portugal, em mais desemprego e pobreza, em dívidas e défices.
Ao limitar ou mesmo impossibilitar a concessão de ajudas de Estado a sectores fundamentais, a empresas públicas, a serviços públicos, etc., mantendo intocáveis os dogmas neoliberais da não intervenção do Estado na economia, a maioria do PE está a favorecer as grandes potências e o grande capital que têm vantagens evidentes de competitividade e a prejudicar países como Portugal, procurando impossibilitar a defesa do emprego, da produção e de empresas ou serviços públicos. E ataca o direito soberano e democrático inalienável de um povo e de um país decidirem atribuir este tipo de ajudas para resolver um problema específico de interesse nacional, regional ou sectorial com evidentes prejuízos para os trabalhadores e as populações. Nenhum reforço do papel do PE nesta matéria poderá legitimar este evidente roubo de direitos democráticos e de soberania.