A existência de infraestruturas e sistemas de transportes de qualidade é uma garantia para o desenvolvimento dos países e para a melhoria da qualidade de vida das populações. A ligação e a interoperacionalidade entre os sistemas de transportes, dentro de um país ou entre diversos países, é também um elemento facilitador de desenvolvimento e do estabelecimento de relações comerciais e de comunicação sociocultural. Os países da Europa Central e Oriental têm todo o direito a um desenvolvimento pleno e a aproveitar os instrumentos disponíveis para garantir uma maior coesão. Este relatório, no entanto, enfatiza estratégias e instrumentos que representam interesses contrários aos dos povos – dos vários Estados-Membros e não apenas dos visados. Desde logo, no centro dos objectivos do relatório está a intenção de aprofundamento do mercado único. Mais do que melhorar a operacionalidade dos transportes na Europa Central e Oriental, importa alargar o mercado dos monopólios europeus a esta macrorregião. Ao mesmo tempo, procura antecipar futuros alargamentos (Balcãs Ocidentais, Ucrânia), expandindo o sistema de transportes para que a entrada no mercado único se faça fluidamente. Paralelamente, apela a que a forma de materialização das infraestruturas seja realizada através do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE), das possibilidades oferecidas pelos projetos híbridos no âmbito de parcerias público-privadas. Votámos contra.