O Regulamento Erasmus+ no período 2014-2020 quis colocar a tónica na promoção da inclusão social e na participação de pessoas com necessidades especiais ou com menos oportunidades, como definido na «Estratégia para a inclusão e a diversidade do programa Erasmus+», abrangendo pessoas com deficiência, problemas de saúde, dificuldades educativas, diferenças culturais e obstáculos económicos, geográficos e sociais.
O Programa Erasmus é um dos programas de mobilidade que atrai jovens para intercâmbios. Ao longo dos anos, o programa tem sido alterado, mas continua a não estar acessível a todos.
Sem a devida retaguarda financeira que permita custear o período fora do seu país de origem (propinas, alojamento, alimentação), apenas os que têm maiores recursos financeiros beneficiam desta mobilidade. Para os estudantes com maiores dificuldades financeiras que no seu país são já deslocados, o Erasmus é mesmo uma miragem.
Um dos obstáculos à acessibilidade ao programa Erasmus é exatamente o problema do alojamento, de que este relatório não fala. A falta de residências universitárias e os preços astronómicos que os estudantes deslocados e as famílias enfrentam, juntamente com o valor baixo das bolsas, são impedimentos à vivência desta experiência durante o período dos estudos. Houve melhorias mas é preciso garantir que o programa seja mesmo acessível a todos.