Numa viagem parlamentar recente a Cuba, tomei conhecimento de um medicamento inovador, o Heberprot-P, para o tratamento da úlcera do pé diabético que, em última instância, pode impedir a amputação do pé do doente.

Este é apenas um exemplo de um medicamento bem sucedido que podia tornar-se universal, não fossem os efeitos do bloqueio norte-americano sobre aquela ilha do Caribe. Apesar do bloqueio, a ciência cubana continua a avançar, até mesmo em contexto de pandemia, tendo desenvolvido várias vacinas (uma especificamente para crianças).

A partilha do conhecimento científico e a sua aplicação deveriam estar ao serviço da Humanidade e do bem-estar e da saúde dos povos em vez de serem dificultadas ou até proibidas.

Pergunto:
Tem conhecimento deste medicamento e, em caso afirmativo, sabe se está em avaliação pela Agência Europeia do Medicamento e se existe algum tipo de cooperação em matéria de saúde e medicamentos com as autoridades de saúde cubanas?

Tem alguma informação sobre se, em algum Estado-Membro, este fármaco está em processo de aprovação ou foi aprovado?

Que avaliação faz do impacto do bloqueio a Cuba na área da ciência e do conhecimento que impede que os seus resultados sejam partilhados e estejam ao serviço da população mundial, afectando não só o povo cubano mas todos os povos?