O governo de Israel persiste na completa violação da legislação internacional, mantendo a sua política de expansão dos colonatos em territórios palestinianos. No caso concreto os planos destinam-se a varrer do mapa a vila árabe de Umm Al-Hiran, na região desértica do Negev (al-Naqab), para, no seu lugar, erguer uma cidade destinada a judeus, evidenciando o objetivo de perpetuar a discriminação dos cidadãos árabes-palestinianos.
No dia 18 de Janeiro, o governo de Israel iniciou as demolições, tendo enfrentado a resistência da população. Um habitante foi assassinado pelas forças militares e dezenas de outros foram feridos, entre os quais um deputado árabe eleito no parlamento israelita. Oito casas em Umm al-Hiran acabaram por ser arrasadas. Os restantes edifícios que albergam mais de 1200 pessoas permanecem sob ameaça.
Umm Al-Hiran é uma das 38 vilas e aldeias beduínas de al-Naqab que Israel não reconhece. No total, albergam cerca de 50 mil pessoas. O seu propósito é e sempre foi erradicá-las.
Pergunto à alta representante se tem conhecimento desta situação, que avaliação faz dela e como pensa intervir no quadro das relações da UE com Israel perante mais esta ilegalidade e violação dos direitos humanos.