De acordo com as últimas revelações do projecto INVESTIGATE EUROPE, existe uma alegada promiscuidade entre a Comissão Europeia e os grandes lóbis das empresas de seguranças e defesa europeias, que tem condicionado o rumo da política externa da UE.
Conforme foi revelado, as principais medidas implementadas no Eurosur constavam já num documento enviado pela EOS (European Organisation for Security) à Comissão Europeia em Novembro de 2013, com destaque para a criação de uma guarda costeira e de bases de dados tais como o PNR ou a EES.
As empresas da EOS têm sido as maiores beneficiárias dos fundos europeus aplicados à pesquisa de soluções tecnológicas para aumentar o controlo das fronteiras. Por outro lado, pelo menos um terço dos conselheiros da Comissão Europeia, agrupado nos grupos de aconselhamento SAG e PASAG, estão directamente ligados ao lóbi da segurança, com destaque para os representantes da THALES e da INDRA que assinam o documento referido anteriormente.
Pergunto à Comissão Europeia como avalia esta situação e por que razão a esmagadora maioria dos membros dos grupos de aconselhamento não entregaram a sua declaração sobre conflito de interesse e se pensa tornar público este registo.