As ligações ferroviárias no Alentejo sofreram ultimamente, sob a capa da modernização e da adequação, uma perda efectiva de serviços e possibilidades de deslocação e vêm condicionar a já limitada mobilidade das populações daquela região.
As ligações entre Beja e Évora deixaram de ser directas existindo agora mudança obrigatória em Casa Branca. Uma ligação que demorava cerca de uma hora e 20 minutos, passou a demorar duas horas.
Também as ligações ao Algarve ficaram prejudicadas. Só existe uma ligação e não é diária, entre Évora, Beja e Algarve. Não existe ligação em sentido contrário. Um utente pode-se deslocar de Évora para o Algarve de comboio, mas não pode regressar.
A forma como a rede ferroviária está a ser genda no sul do pais, carece de uma articulação e uma exploração da suas potencialidades que certamente iriam ter reflexos na rentabilidade daquelas infraestruturas, ainda mais quando a sustentabilidade é cada vez mais a palavra de ordem.
Posto isto, e com base nos termos regimentais aplicáveis, vimos por este meio e com carácter de urgência, perguntar ao Governo, através do Ministério da Economia e do Emprego, o seguinte:

1. Irão ser restabelecidas as ligações directas entre Beja e Évora?
2. Qual será o futuro das ligações ao Algarve?
3. Que campanhas irá a CP desenvolver para dinamizar a utilização do transporte ferroviário, nomeadamente da linha do Alentejo?