Ainda o sol nascia, uma mulher findava o seu turno da noite e cumprimentava de raspão um homem, que entrava na fábrica. Era o seu marido. São trabalhadores da Matutano (empresa de batatas fritas) a entrar e sair de turno.

E a situação já foi pior. Novembro deste ano marca uma vitória para os trabalhadores desta empresa. Após mais de quatro anos de greves, plenários, abaixos-assinados e providências cautelares, um tribunal obrigou a empresa a alterar os horários e turnos laboração contínua, estipulando dias de descanso semanal consecutivos.

Uma vitória que comprova que a resposta está na luta dos trabalhadores organizados.

A laboração contínua é uma realidade muito agravada em Portugal desde os tempos da Troika que a maioria PS se recusa a reverter. Um desrespeito pela vida das pessoas, trabalhadores e suas famílias, que estas não esquecerão.

Esta manhã, contaram com a presença de Paulo Raimundo na troca de turno, mas a presença de comunistas ao seu lado não é uma novidade: estiveram lá sempre. E hoje o PCP leva à Assembleia da República propostas para reverter estas medidas e assegurar os direitos dos trabalhadores.