As leis do mercado, a volatilidade dos preços agrícolas e dos bens alimentares alimentos estão neste momento a por em perigo as actividades agrícolas cujo alcance e nobreza vão muito para além da sua dimensão meramente económica e comercial.

A agricultura responde primeiro a uma necessidade primária: alimentos em quantidade e qualidade suficientes para a humanidade. Merece como tal uma remuneração à altura de tal responsabilidade.

Milhares de agricultores estão hoje à beira da falência e exigem medidas imediatas e vigorosas. Temos de libertar a agricultura e os agricultores das forças da economia de mercado à qual se renderam as instituições europeias.

Exigimos a restauração dos sistemas públicos de garantia de preços. Chega de enganar os agricultores com falsas soluções como os contratos com a grande distribuição ou os instrumentos financeiros de cobertura de risco. Que cessem as negociações do TTIP que só irão agravar ainda mais a situação dos nossos agricultores. Só a regulação pública da oferta poderá salvar o nosso modelo produtivo baseado na pequena e média agricultura familiar, a única verdadeiramente sustentável do ponto de vista social ambiental e territorial.