A realidade está a demonstrar o falhanço da persistência nas mesmas políticas ditas de austeridade, sempre acompanhadas de maiores pressões liberais, de novas privatizações e da insistência nos critérios irracionais do PEC reforçado.
Já devia estar claro que, sem mudar as políticas e os fundamentos da união económica e monetária, não é possível dar prioridade ao emprego com direitos, à erradicação da pobreza e exclusão social, às desigualdades e injustiças sociais.
Por isso, insistimos na necessidade urgente de um Pacto de Emprego e Progresso Social e na abolição definitiva do actual PEC. É tempo de pôr fim aos programas de autêntica agressão aos trabalhadores e aos povos impostos pelo FMI, BCE e Comissão Europeia na Grécia, em Portugal e na Irlanda.

Como exigem trabalhadores e povos em luta em diversos Estados-Membros, é tempo de uma ruptura com estas politicas do capitalismo monopolista que estão a agravar a situação económica e a provocar profundas injustiças sociais na generalidade dos países da União Europeia. E tudo isto enquanto, simultaneamente, se preparam para dar muitos milhar de milhões de euros à banca, transferindo a sua dívida para o sector público, ou seja, para os trabalhadores, jovens e mulheres em situação de precariedade ou desemprego, os reformados e reformadas sem condições de vida digna, as pequenas e médias empresas que já não aguentam o garrote financeiro e a quebra brusca do poder de compra das populações.

Por isso, a questão fundamental deste debate, mais do que a preocupação com o que se passa nos EUA neste campo, é saber o que vão, finalmente, propor os responsáveis da União Europeia - Comissão e Conselho - para inverter a situação grave de desemprego, de trabalho precário e mal pago e de pobreza e exclusão social que se vive em diversos países da União Europeia e que tende a agravar-se exponencialmente nalguns, se persistirem nas mesmas políticas.