A Fequimetal - CGTP, a DECO e os serviços de Protecção
Civil da Câmara Municipal de Lisboa têm vindo a denunciar as muitas
reclamações dos consumidores de gás do distrito de Lisboa
e o aumento significativo de acidentes devidos à má qualidade
dos serviços prestados pela Lisboagás.

O desmantelamento das áreas técnicas da Lisboagás, que
levou à destruição de postos de trabalho preenchidos com
pessoal de elevada experiência e competência técnica e que
entretanto foram substituídos por empreiteiros e subempreiteiros alugadores
de mão-de-obra em regime de trabalho precário, ou seja por mão-de-obra
pouco qualificada, a falta de substituição de tudo o que está
construído em tubagem de chumbo, ferro galvanizado com uniões
roscadas e vedantes em estopa de linho, ferro fundido com juntas rebatidas e
empanques de cordão de amianto e chumbo (inadaptados ao gás de
cidade), têm sido apontadas como algumas das razões dos problemas
que têm vindo a ser criados.

Face a esta situação e considerando que a legislação
comunitária relativa a este sector estabelece que cada empresa de distribuição
explorará, manterá e desenvolverá uma rede segura, fiável
e eficaz, o deputado do PCP no PE, Joaquim Miranda enviou uma pergunta à
Comissão Europeia indagando sobre o tipo de acção prevista
afim de garantir uma rede segura que evite qualquer tipo de acidente devido
ao deficiente material utilizado ou à falta de mão-de-obra especializada
na sua instalação.