A quatro anos do termo do prazo definido para a concretização dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, a tuberculose ceifa cerca de dois milhões de vidas a cada ano que passa.
A tuberculose constitui um exemplo flagrante das desigualdades que grassam neste mundo. Não esqueçamos que se trata de uma doença de muito reduzida prevalência nos países industrializados.
O problema da tuberculose, como de outras enfermidades, não se resolve sem serviços públicos de saúde, de qualidade, acessíveis a toda a população, incluindo os cuidados de saúde primários.
A política de cooperação e de ajuda ao desenvolvimento tem aqui um papel essencial, que naturalmente deve envolver o apoio a programas de vacinação. Mas é necessário mais: é necessário romper de vez com mecanismos, como os da dívida externa e do seu serviço, que drenam recursos do terceiro mundo e que permitem a manutenção de situações de atraso, de dependência, de subjugação e de miséria.