Intervenção de

Informação e consulta dos trabalhadores - Intervenção de Ilda Figueiredo no PE

Declaração da Comissão sobre reforçar a legislação europeia no domínio da informação e consulta dos trabalhadores

No momento em que se celebra o 33º aniversário da Revolução de Abril no
meu país - Portugal - é com particular agrado que me encontro aqui a
discutir o reforço da legislação no domínio da informação e consulta
dos trabalhadores.

Sabemos que as directivas sobre direito à
informação e consulta dos trabalhadores e dos Comités de Empresa
Europeus prevêem que haja alguma informação, designadamente quanto à
evolução dos aspectos económicos e sociais da empresa e das decisões
que provoquem mudanças substanciais a nível da organização do trabalho
ou dos contratos de trabalho. Mas a prática demonstra que não só é
insuficiente como não responde aos crescentes e graves problemas de
reestruturações e deslocalizações de empresas, de graves repercussões
económicas e sociais.

Situações como as que continuamente nos vão
trazendo os trabalhadores de empresas diversificadas - que vão desde a
tecnologia avançada, como a Alcatel-Lucent, a Delphi e a Yazak, 
até ao calçado, como a Rodhe, à indústria automóvel, têxteis e tantas
outras - exigem que se vá muito mais longe na legislação comunitária.

É preciso assegurar a plena garantia de informação e intervenção
decisiva das estruturas dos trabalhadores em todo o processo,
designadamente nos Comités de Empresa Europeus, incluindo o direito de
veto. 

É preciso impedir que se promova a "flexi-insegurança", com a
liberalização dos despedimentos e um ataque inaceitável aos direitos
conquistados pelos trabalhadores ao longo dos anos.

A questão que se coloca é, pois, saber qual a posição que a Comissão assume em toda esta situação.

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