No dia 1 de Março deflagrou um incêndio nas instalações da Associação Tocá Rufar, no Concelho do Seixal, destruindo-as totalmente. As actuais instalações tinham uma área administrativa, uma sala de espectáculos, um bar, armazém e vários espaços para o desenvolvimento dos projectos de índole cultural.

As perdas são enormes. Todo o arquivo histórico da associação, bem como mais de mil bombos consumiram-se no incêndio, sem falar da perda de inúmeros equipamentos técnicos de som e luz e material informático. Os prejuízos são muito elevados.

Muito embora este grave acidente tenha criado muitas dificuldades, há um esforço de todos os elementos da Associação em continuar a sua actividade cultural.

O projecto Tocá Rufar nasceu em 1996 no âmbito da Expo 98, para criar um espectáculo de percussão baseado na cultura portuguesa. Nestes 15 anos de actividade juntou milhares de crianças e jovens em torno das tradições culturais portuguesas e da percussão. Elevaram como principal instrumento “o bombo”.

Actualmente para além da orquestra de música, com centenas de tocadores, desenvolvem oficinas de percussão por todo o país, com diversas actuais a nível nacional e internacional.

A Associação Tocá Rufar dinamiza um projecto cultural de interesse nacional, de grande mérito decorrente do trabalho que desenvolveram para salvaguardar a cultura e tradições portuguesas e de ampla difusão por todo o mundo.

Num momento de dificuldades, mas também de continuado empenho e esforço pela Associação, esta deve ser apoiada pelo Governo. A Câmara Municipal do Seixal já disponibilizou instalações para a Associação Tocá Rufar.

Ao abrigo do disposto na alínea d) do Artigo 156.º da Constituição da República Portuguesa e em aplicação da alínea d), do n.º 1 do artigo 4.º do Regimento da Assembleia da República, solicitamos ao Governo, que por intermédio Ministério da Cultura, nos sejam prestados os seguintes esclarecimentos:

1. Qual o acompanhamento do Governo à Associação Tocá Rufar decorrente da ocorrência do incêndio?

2. Que apoios prevê o Governo atribuir excepcionalmente a esta Associação, na sequência das perdas no incêndio e que permita retomar o mais rapidamente possível a plenitude da sua actividade cultural?

3. Para quando está previsto a concretização dos referidos apoios?