Intervenção de Sandra Pereira no Parlamento Europeu

Importância da memória europeia para o futuro da Europa

A deplorável tentativa de equiparar fascismo e comunismo absolve e silencia os crimes do nazi-fascismo e as coniventes responsabilidades das grandes potências capitalistas que, com o Tratado de Munique, entre outros, abriram caminho ao início da Segunda Guerra Mundial e à invasão da União Soviética. Uma cumplicidade que hoje persiste!
Pretendem apagar o contributo decisivo dos comunistas para a derrota do nazi-fascismo; o seu contributo para a libertação dos povos como no meu país, Portugal, com a revolução dos cravos que pôs fim à ditadura fascista; ou o seu papel nos avanços das condições de vida dos trabalhadores.
Pretendem mais: abrir caminho para legitimar e generalizar a perseguição e proibição de partidos comunistas, como ocorre já em vários Estados-Membros ou na Ucrânia com a cumplicidade da União Europeia. Ao mesmo tempo toleram a reabilitação e elogio histórico do fascismo.
Esta revisão histórica visa obviamente desviar atenções do permanente confronto da União Europeia com as aspirações dos povos e o desenvolvimento de tendências e práticas repressivas de limitação a direitos e liberdades.

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